Dez razões porque Viena é agora

Deliciosos achados (e perdidos) de um chef e um publicitário na capital mais classuda da Europa

Voltar a Viena foi das decisões mais acertadas depois de uma incrível virada de ano que tivemos em 2015. Retornamos para lá em 2019 e já estamos considerando voltar este ano.
Viena já foi eleita, por duas vezes consecutivas, a melhor cidade do mundo para se viver, de acordo com o The Global Liveability Index. É simples, tudo funciona e a lista de predicados é vasta.
Estamos falando de uma grande capital com ares de cidade tranquila (e isso, não significa monotonia, muito pelo contrário). A cidade concentra um arsenal de museus de acervo vasto e invejável, a maior densidade de área verde e parques em uma cidade europeia, uma arquitetura imperial barroca de cair o queixo e uma gastronomia que arrebata do clássico ao contemporâneo. Quer mais motivos para fazer de Viena o seu próximo destino? Então vamos a eles!

 

Bons cafés, vinhos naturais e o charme dos vienenses pelas ruas da Ringstrasse

 
  1. Ringstrasse: a elegância imperial do centro

O centro histórico é imponente com suas construções majestosas, neoclássicas, que se alinham harmoniosamente entre o barroco, o estilo art nouveau e remanescentes medievais. Não há um dia em que você não queira passar por essas ruas e calçadões. Por isso, recomendamos hospedar-se próximo a ele, na chamada Ringstrasse, o anel viário que circunda essa encantadora área. O Hotel Grand Ferdinand oferece uma localização impecável com vistas para os terraços mais lindos de Viena que você pode desfrutar tomando o monumental café da manhã dos vienenes, farto em iguarias, ovos em variadas versões, opções veganas e geleias de todas as berries imagináveis!

 
 
 

2. Aceita um café?

Napoleão Bonaparte disse uma vez: “quando você decidir tomar Viena, tome Viena”. Ou seja, aproprie-se, tome de “canudinho” todo o esplendor da cidade. E comece pelos cafés. Elegantes, cheios de história pra contar, alguns subversivos e políticos, outros com recitais ao vivo de música clássica, são neles que os vienenses espalham seu charme e respeito pelo ritual: um certo espírito bucólico, tomando seus cafés, lendo jornal, em busca do máximo de sol para compensar os dias de inverno. Eles sabem muito bem como aproveitar o verão e cada brilho do dia. Experimente o Café Central, o Landtmann, o charmoso Palmenhaus em Hofburg ou o Meierei no Stadpark que serve mais de 140 tipos de queijos. Haja lactose e amor!

 

3. Um espetáculo à parte: a Ópera de Viena

Há quem diga que Viena é pavimentada de cultura, enquanto as demais capitais são mero asfalto. Não foi à toa que Beethoven, Mozart e Haydn elegeram a cidade para morar e florescer seus talentos. Reserve pelo menos uma noite para assistir a um espetáculo na Ópera Estatal de Viena. Por ali já passaram os mais célebres artistas e maestros que você ouse imaginar. Entre os mais finos e disputados teatros da Europa, a batalha por uma selfie em suas escadarias é acirrada. Capriche no look e não erre na foto!

 

Ópera Estatal de Viena: entre os mais finos e célebres teatros da Europa

 
 

4. Sim, você vai ganhar uns quilinhos a mais

Os doces vienenses são inigualáveis. O strudel de maçã do Café Residenz no Palácio Schönbrunn é de se repetir para sempre e além, e de hora em hora, você pode aprender a receita numa divertida aula culinária. Outra cooking class obrigatória seguida de almoço é a do Wiener Schnitzel com o chef do Meissl & Schadn. São bifes de vitela à milanesa, mas não subestime: são os melhores da face da Terra e de Viena (e olha que provamos em vários lugares) com uma técnica única de preparo e modo de servir. Por último e não menos, vá para a fila do Hotel Sacher provar a mais cobiçada torta de chocolate e geleia de damasco. Não por acaso, nossa grande paixão. A Sachertorte é o símbolo do luxo e da sofisticação na patisserie vienense, feita em 34 etapas. Aproveite o passeio para sentir a majestosa vibe do hotel com suítes e dependências de cair o queixo.

 

5. Visite o Palácio e os Jardins de Schönbrunn

A antiga residência de verão dos Habsburgos impressiona com salas cerimoniais imperiais e jardins magníficos. Maria Teresa, Imperador Franz Joseph, Imperatriz Elisabeth e outros já residiram aqui. Vale conhecer as dependências do palácio barroco, onde cada espaço possui uma decoração minuciosamente refinada. Visite na sequência o jardim, o grande chafariz, o labirinto de cedros e depois coma por lá. Provamos uma seleção de três strudels vegetarianos (batata, espinafre e repolho roxo) e de sobremesa, a Kaiserschmarrn, pedaços de panqueca típica austríaca servida com purê de maçã e ameixas cozidas.

 

6. Tem pra todos: plant-based, groovers, celíacos, foodies e alérgicos

Para restaurante com balada, invista no super cool Motto. Para vinhos naturais com irresistíveis mexilhões azuis na mostarda, erva doce e ouzo, reserve O boufés do chef Konstantin Filippous. Surpreenda-se com o simpático e familiar Allergiker Cafe, onde todas as alergias são consideradas na confecção dos pratos. O sorvete de lavanda com mirtilo do Veganista é um show à parte de sabor e criatividade para veganos, assim como os veggie burgers do Swing Kitchen e o suculento tartar de beterraba do Tian Bistro assinado pelo chef estrelado Paul Ivic.
Ah, não deixe de dar uma esticada nos mercados de rua: Naschmarkt, o maior deles, é um grande passeio por si só para degustar e ser feliz, e o bio-market Freyung tem produção 100% orgânica e venda direta dos agricultores locais. Vinho natural, queijos artesanais, meles e embutidos maravilhosos.

 

7. One more kiss, Klimt

Cem museus são suficientes para você? Viena tem mais, um distrito inteiro: o Museumsquartier. Das contemporâneas galerias aos clássicos da história da arte, entre eles, “O Beijo” de Klimt, acervo do Belvedere. Merecem a sua atenção: o Leopold Museum com obras expressionistas de Schiele, o vanguardista Mumok e o magistral Albertina. Não menos magistral, mas delicioso é comer o salsichão de rua do Bitzinger na Albertinaplatz, unanimidade vienense. Após a ópera, enfileiram-se todos no balcão, das mais requintadas senhoras e senhores aos hipsters e góticos.

 

8. Da “água de torneira” para o vinho

Viena é a metrópolis com maior produção urbana de vinhos no mundo, com mais de 700 hectares de vinhedos ao redor. Você pode visitar as tavernas vienenses e degustar os rótulos em mesas dispostas no meio do plantação, como na Wieninger am Nussberg que serve vinhos biodinâmicos, além de iguarias frias, vegetarianas e pratos tradicionais, todos orgânicos e baseados em ingredientes austríacos. Isso tudo acompanhado de vistas estonteantes do pôr do sol em Viena que você admira do alto das montanhas. Para compensar a orgia enológica, fique tranquilo: a água da torneira da Áustria é tão saudável e potável quanto seus vinhos naturais. Um luxo de simplicidade!

 

9. A virada de Strauss: garanta seu porquinho

Se você optar por passar o ano novo em Viena (o que ainda dá tempo), saiba que à meia-noite todos dançam a valsa “Danubio Azul” de Strauss pelas ruas do centro histórico. É lindo e romântico. Você vai ver a multidão brindando a vida com vinho quente em canecas no formato de porco. Isso é sorte, fartura e riqueza. Significa que você é dono de sua própria criação e a qualquer momento – creia – você estará em Viena.

 

10. Seis filmes para inspirar

  • “O Terceiro Homem” com Orson Welles (1949)

  • “A Professora de Piano” (2001) com Isabelle Huppert

  • “Antes do Amanhecer” com Julie Delpy e Ethan Hawke

  • “Sissi” (1955) com Romy Schneider

  • “Amadeus” (1984) de Milos Forman

  • “Um método perigoso” (2011) com Keira Knightley

Curtiu? Então ouça essa playlist inspirada em Viena e boa viagem!

 
 
 
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